Team Weekend

O Team Weekend´24 tomou lugar nos dias 2 e 3 de março na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. A mais recente edição do Team Weekend iniciou-se com um debate algo sério, relacionado com a recente conquista na Ordem dos Engenheiros, e o seu significado para os futuros engenheiros biomédicos. Moderadas por Luísa Balbino, as oradoras Nídia de Sá, Presidente do Conselho Fiscal da Ordem dos Engenheiros Norte; Sara Pereira, Ex-Presidente da ANEEB; e Mariana Marques, Física Médica no IPO de Coimbra, deram os seus pareceres do estado atual da engenharia biomédica no mercado de trabalho, quais as virtudes mais notadas e procuradas em engenheiros biomédicos, e como a criação de um novo colégio irá alterar essa realidade. Esta troca de percepções entre indivíduos em diferentes estágios da sua carreira e vida deu indicações sobre o que o presente e o futuro podem trazer. Nesta mesa redonda, moderada por Leonor Pinto (Vogal da Direção do Conselho Nacional da Juventude) e que juntou diversas personalidades de renome do mundo académico, entre as quais Francisco Fernandes (Presidente da FAP), Renato Daniel (Presidente da AAC) e Rita Ribeiro (Presidente da ANEM), foram discutidas temáticas desde as desigualdades do ensino até à qualidade da educação. O ensino superior é o principal elevador social, no entanto, na perspetiva dos oradores, em Portugal ainda não existem mecanismos suficientes que permitam igualdade de oportunidades, principalmente devido à falta de justiça económica. Realçam como os maiores desafios a falta de financiamento para escolas públicas (quer a nível do ensino básico e secundário, quer universitário), o custo do alojamento e a existência da propina. Discutiram ainda a qualidade no ensino e a modernização do currículo escolar, a captação de jovens em Portugal e da saúde mental como problemáticas de relevo no debate do ensino superior. No entanto nem tudo é negativo e, ao longo da conversa, foi possível perceber, não só que existem soluções viáveis para todas estas problemáticas, mas também que todas as organizações onde os oradores se inserem, estão a fazer um trabalho ativo para advogar pela implementação destas, e por apoiar os alunos, enquanto esta mudança de paradigma não se concretiza.

Durante a sessão de Brainstorm, a ANEEB discutiu com os seus Associados o impacto que têm no Ambiente Estudantil. Para tal, abordaram algumas das maiores dificuldades e obstáculos que enfrentam no mundo do associativismo. Assim, cada participante pôde partilhar, anonimamente, os maiores problemas que sente enquanto parte de uma associação/núcleo de estudantes. Posteriormente, divididos em grupos diversificados, os estudantes pensaram em soluções e alternativas para resolver as dificuldades partilhadas, apresentando-as aos restantes. A sessão resultou, portanto, numa troca de ideias, propostas e soluções, sem dúvida, benéfica para os presentes, bem como para o estreitamento de laços entre a ANEEB e os seus Associados.

Toda a gente, independentemente do seu curso, quer saber a melhor maneira de gerir as suas finanças. Foi esta a ideia que a ANEEB teve em mente quando decidiu convidar Fátima Soares, engenheira biomédica de formação e experiente na área de finanças pessoais, para educar os nossos participantes. Na duração deste workshop, os participantes foram instruídos em diversas facetas, terminologias e estratégias relacionadas com as suas finanças, e aconselhados no como proceder para conseguir um futuro mais financeiramente estável, nomeadamente, através de investimentos, quer monetários, quer temporais, bem pensados e com um melhor futuro em mente. Terminando com uma sessão aberta de dúvidas, este foi um workshop bastante elucidativo numa área escassamente explorada fora do mundo da economia. O desafio biomédico, que teve como objetivo promover a literacia em saúde, abriu o segundo dia de evento, e foi concretizado em parceria com a SPLS – Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Assim, foi lançado o desafio de criar uma solução direcionada à melhoria da conexão social e participação das pessoas idosas nas suas comunidades. Além disso, foram expostos alguns critérios a ter em consideração como, por exemplo, a qualidade de estrutura da solução, o grau de inovação, a viabilidade e facilidade de execução, o impacto na sociedade e a sua sustentabilidade. Durante a manhã, os participantes, que se dividiram em grupos, contaram com a mentoria de Teófilo Sousa, Home Healthcare Manager, Senior Project Manager e Team Leadership & Coaching Consultant, e de Filipe Coutinho, Assistente Hospitalar de Oncologia Médica e Médico da Equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos, entre outros.  No início da tarde, cada grupo apresentou a sua proposta, dando-se então uma discussão sobre as mesmas, numa troca de ideias e opiniões entre estudantes e mentores.