Entrevista a Miguel Bhagubai

Miguel Bhagubai
Mestre em Engenharia Biomédica do Instituto Superior Técnico em Lisboa
A ANEEB teve o prazer de entrevistar um dos alunos que está atualmente a terminar o 5ºano do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica do Instituto Superior Técnico em Lisboa, Miguel Bhagubai, no dia 19 de agosto de 2019, tendo tido oportunidade de fazer Erasmus em Twente, na Holanda e Estágio Internacional no The BioRobotics Institute em Itália, perto de Pisa.
[Entrevistador] – Luís Leston (ANEEB)
[Entrevistado] – Miguel Bhagubai
[Entrevistador] – Antes de mais, obrigado em nome da ANEEB por teres aceite este convite e por teres disponibilizado um pouco do teu tempo. A experiência que realizaste no estrangeiro foi em que contexto, onde se realizou e em que altura?
[Entrevistado] – Eu fui de ERASMUS no 1º semestre do 4º ano, em 2017-2018, para a Holanda, Universidade de Twente e entretanto decidi estender o estudos por mais semestre e, eventualmente, fiz o mestrado todo.
[Entrevistador] – Porque é que escolheste a Holanda como destino?
[Entrevistado] – Primeiro, pelo renome de qualidade da faculdade e por ser dos sítios mais desejados pelos candidatos de Erasmus.
[Entrevistador] – Porque é que achas que seria benéfico realizares Erasmus?
[Entrevistado] – Eu já tinha o desejo de ir de Erasmus desde o início do curso e experienciar uma aventura internacional.
[Entrevistador] – Qual foi a maior dificuldade a nível burocrático?
[Entrevistado] – O mais complicado foi conseguir receber as equivalências pelas cadeiras que ia fazer. Entretanto, tive de fazer algumas cadeiras que não estava à espera, mas consegui resolver. Por outro lado, foi bastante fácil a inscrição para o mestrado total, no qual tinha de fazer 12 cadeiras e apenas 4 eram obrigatórias.
[Entrevistador] – A nível de arranjar alojamento, como foi?
[Entrevistado] – Eu cheguei à Holanda sem casa, permaneci num hotel temporariamente e entretanto, com sorte, consegui arranjar uma residência, mas no geral, é complicado arranjar alojamento na Holanda.
[Entrevistador] – Precisaste de fazer seguro de saúde?
[Entrevistado] – Não, apenas levei o Cartão Europeu de Saúde.
[Entrevistador] – Sentiste que foste bem recebido, que tiveste apoio?
[Entrevistado] – Sim. Sempre que tens alguma dificuldade, és imediatamente auxiliado, tanto pelas pessoas como pelos gabinetes.
[Entrevistador] – Relativamente à língua, tiveste dificuldades? Era usual o uso do inglês?
[Entrevistado] – Não, na Holanda toda a gente fala bem inglês e, inclusive, é incentivada a usar o inglês como faculdade internacional.
[Entrevistador] – Como sentiste a experiência, face à expectativa que tinhas desta?
[Entrevistado] – Superou completamente, tanto que seria difícil não ficar cá depois do 1º semestre.
[Entrevistador] – Sentiste algum tipo de choque cultural?
[Entrevistado] – Há certos hábitos diferentes que chocam mas com habituação é normal, tais como o sair à noite cedo, jantar às 17:30, pausas de almoço curtas, entre outros.
[Entrevistador] – Se soubesses o que sabes agora, o que terias feito diferente?
[Entrevistado] – Teria imediatamente feito a inscrição para o mestrado todo, sem Erasmus.
[Entrevistador] – Arrependes-te de algo?
[Entrevistado] – Tive alguma sorte, mas não me arrependo de nada.
[Entrevistador] – Qual foi é mais-valia que retiras?
[Entrevistado] – Penso que a experiência que tive me trouxe mais maturidade e experiência para ultrapassar obstáculos fora da zona de conforto e ao mesmo tempo me permitiu fazer amizades e contactos por todo o mundo, e penso que é algo de imensa gratificação pessoal, independentemente do lugar para onde se vá.
A ANEEB agradece por teres aceite esta entrevista e pela partilha da tua experiência fora de Portugal, esperando com isto ajudar outros estudantes que estejam prestes a tomar esta decisão. Votos de sucesso!