Entrevista a Catarina Hoosseni
Catarina Hoosseni
Mestre em Engenharia Biomédica e Biofísica, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL)
A ANEEB teve o prazer de entrevistar Catarina Hoosseni, recém-mestre em Engenharia Biomédica e Biofísica, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). A Catarina falou-nos acerca de duas experiências internacionais que vivenciou, a primeira experiência foi em Pisa em Itália, enquanto realizava um estágio no The Biorobotics Institute e a segunda experiência viveu em Copenhaga, na Dinamarca, no âmbito de um programa do EIT Health, estabelecido entre duas Universidades – a de Copenhaga e a FCUL.
[Entrevistador] – Raul Almeida (ANEEB)
[Entrevistada] – Catarina Hoosseni
[Entrevistador] – Sabemos que fizeste um estágio no The Biorobotics Institute em Itália e participaste no EIT Health Program. Pedia-te que falasses de forma geral no que consistiu cada uma das experiências internacionais.
[Entrevistada] – Correto. Vou começar por falar do estágio que realizei em Itália. Fiz o estágio do fim do meu 3.º ano para o meu 4.º ano, pois na FCUL os alunos têm de fazer obrigatoriamente um estágio de verão no final da Licenciatura. Todos os anos os alunos têm a possibilidade de escolher onde querem fazer o estágio e habitualmente os estudantes aproveitam para realizar o estágio de Verão fora de Portugal, visto que se trata de uma forma de conhecer novas formas de trabalhar, ver o que se faz de diferente lá fora, enriquecer o currículo e também passear. Caso o estágio seja internacional, é feito com o apoio da bolsa Erasmus+. Eu fui parar ao The Biorobotics Institute em Pisa. Lembro-me de ter enviado muitos emails e de me sentir um pouco frustrada por não ter conseguido logo um estágio como alguns colegas meus. Comecei a enviar emails desde novembro e só em fevereiro do ano seguinte consegui a confirmação de que iria para Pisa no Verão. Foi uma jornada longa, também porque eu não andava à procura de um tema específico, somente sabia o que não gostava. Acabei por conseguir o estágio em Pisa, onde num laboratório de biomecânica e biorobótica tive como trabalho durante dois meses programar em Matlab um algoritmo que conseguisse prever a recuperação do ciclo da marcha de pessoas amputadas, ou com algum tipo de deficiência na perna. O objetivo final do estágio era implementar este cálculo do tempo numa prótese para o membro inferior. Outcomes do meu estágio, por um lado gostei imenso de ter estado em Itália, não podia ter escolhido melhor país, pelo menos aquela cidade. Ao contrário do que se possa pensar «Pisa tem a torre de Pisa e muitos turistas, deve ser uma cidade grande», Pisa é uma cidade muito pequena. Por exemplo, quando saía à noite para comer um gelado via quase sempre as mesmas pessoas. Gostei imenso, os italianos têm uma cultura muito parecida com a cultura portuguesa. Existiam mais duas colegas da FCUL que estavam a fazer os seus estágios em Itália – Trento e Verona. Então aos fins de semana aproveitava para passear com elas. Eu e as minhas amigas conhecemos muitas cidades italianas. Por outro lado, foi uma oportunidade para aprender que a área de programação é um campo onde não me vejo a longo prazo, mas fico contente por me ter desafiado a mim mesma e ter conseguido atingir uma excelente nota de estágio. Também aprendi a trabalhar de forma mais autónoma, pois o meu orientador não estava comigo a 100%. Ainda no meu 3.º ano, tinha-me candidatado ao programa do EIT Health que acabou por ser outro desafio! Isto porque estive em Itália até dia 11 de setembro (dia em que apanhei o voo para Portugal, em que os voos estavam mais baratos talvez por causa do trágico incidente com as torres gémeas) e mal cheguei, comecei logo com aulas do programa do EIT Health. Confesso que voar neste dia deu-me algum receio, pois tenho medo de aviões e a data remete para um acidente histórico trágico.
[Entrevistador] – Espero que o voo tenha corrido bem.
[Entrevistada] – Felizmente correu. Esta altura da minha vida foi mesmo desafiante porque numa situação normal começaria as aulas duas semanas após esse dia, mas como eu me inscrevi neste programa, saí de uma experiência e entrei logo noutra. Lembro-me de me sentir bastante cansada porque era a primeira vez que não tinha férias de Verão.
[Entrevistador] – Conta-nos mais sobre o EIT Health e sobre esse programa.
[Entrevistada] – O EIT Health é um consórcio europeu para a área da saúde e tecnologia, que por acaso temcom uma parceria com a FCUL. A parceria entre a FCUL e EIT Health consiste neste programa que dura cerca de 3 meses, onde existem alunos portugueses da FCUL e existem alunos que estudam em Copenhaga, na Dinamarca. Este programa tem 3 partes. Na primeira parte, os alunos de Copenhaga têm aulas connosco na FCUL. Na segunda parte, vamos todos para uma empresa ou hospital português fazer um estágio curto. Eu realizei um estágio na Glintt, juntamente com uma colega que veio da Copenhaga. O projeto consistia em averiguar como é que a Glintt podia colocar um novo equipamento médico no mercado português e foi um projeto muito giro, gostei bastante porque tive contacto com as várias vertentes do processo. Na terceira parte do programa, os alunos portugueses vão para Copenhaga por 2 meses estudar. Em Copenhaga, as cadeiras rondavam temáticas sobre epidemiologia, sobre health economics, sobre estatística e bases de dados.
[Entrevistador] – E como foi o processo de equivalências? Já estava articulado com o curso (de Engenharia Biomédica e Biofísica)?
[Entrevistada] – Não, e confesso que tive alguma dificuldade em conseguir tratar das equivalências na secretaria da minha Faculdade. Isto porque, até à data tinham existido poucos colegas portugueses a fazer o programa e cada um tinha uma situação diferente da minha, mas no fim correu tudo bem.
[Entrevistador] – E em termos de alojamento?
[Entrevistada] – Tive de tratar do alojamento e transportes por mim. E para a malta que tenciona ir para Copenhaga, arranjar alojamento lá é mesmo difícil. Na Dinamarca, os estudantes que pertençam à União Europeia não pagam propinas, então há muitos estudantes internacionais a decidirem vir estudar para a Dinamarca, o que faz levantar os preços dos quartos para alugar. Eu tive muita sorte, usei um site muito acessível chamado www.housinganywhere.com. Este foi o mesmo site que usei para arranjar casa em Itália, recomendo! Neste site, consegue-se falar com o senhorio mas a transação do dinheiro é pela aplicação e só é entregue quando já estiveres na casa, pelo que é bastante segura. É um site que funciona mais ou menos da mesma forma que o Airbnb, mas é mais dedicado a estudantes e estadias mais longas.
[Entrevistador] – E como foi a experiência? E fizeste novas amizades?
[Entrevistada] – Com tudo tratado fui para Copenhaga e gostei muito também da experiência. Acho que nunca tinha passado tanto frio na minha vida.. Nevou cerca de 3 vezes (não era neve de cobrir o chão, mas estava muito frio)! Foram 2 meses incríveis onde conheci outros estudantes internacionais. Saímos à noite e passeamos muitas vezes ao fim de semana. Conheci dois colegas portugueses da Universidade de Coimbra que também estavam num programa do EIT Health e foi ótimo para a minha integração por lá! Passávamos muito tempo juntos.. A experiência terminou dia 18 de dezembro. Tive a minha última avaliação dia 17, preparei tudo e dia 18 voei para a Portugal.
[Entrevistador] – Clap Clap clap (palmas) incrível! Fantástico!!! Muitas perguntas que te quero fazer, em primeiro lugar porque é que decidiste escolher a cidade de Pisa para dinamizar o teu estágio? Tinhas a cidade em mente?
[Entrevistada] – Eu tinha alguns países que eu achava que não queria. Quando és obrigado a tomar uma escolha, vais excluindo algumas hipóteses para tentar arranjar uma solução. Como ia ter de trabalhar no Verão, tentei pensar num país onde o clima fosse agradável. Pensei em Itália. Também tinha pensado na Suiça, só que como é um país que não integra a União Europeia, o processo burocrático associado ao estágio era mais complicado, até por causa da bolsa Erasmus+.
[Entrevistador] – Certo. Então optaste por realizar o estágio em Itália e depois dentro de Itália, conseguiste o estágio no The Biorobotics Institute e foste parar a Pisa?
[Entrevistada] – Sim, sim. Já não me recordo ao certo quais eram os países todos que eu tinha selecionado, mas Itália era um deles e depois candidatei-me ao The Biorobotics Institute e fiquei contente por me terem aceitado.
[Entrevistador] – Compreendi. A nível burocrático, sentiste que o estágio em Pisa foi fácil? Ou sentiste alguma dificuldade?
[Entrevistada] – Como é um estágio curricular os próprios Professores da universidade estão orientados para nos poderem encaminhar neste processo, portanto foi fácil.
[Entrevistador] – Certo. Concorrer ao programa do EIT Health em termos burocráticos também não foi difícil? Ou já sentiste mais dificuldades? Mais concretamente, se foi difícil tratar da burocracia por detrás da transição para a Dinamarca e o estágio na Glintt?
[Entrevistada] – A experiência na Dinamarca foi diferente nesse aspeto. Tive de desbravar muito terreno sozinha. Falar com pessoas da Faculdade, coordenador de curso, coordenadora do programa, com a secretaria, porque era um programa desconhecido. Estava no início do meu mestrado, tinha de perceber se podia pedir equivalências e fazer cadeiras do módulo de Copenhaga que me pudessem substituir algumas do curso. Esse processo foi mais complicado. Mas serviu para me dar mais resiliência ao lidar com burocracias.
[Entrevistador] – Obrigado, acabei de aprender a lição. Tinhas dito que te foi difícil arranjar alojamento em Copenhaga, em Pisa já foi mais fácil? Ou ainda assim era uma cidade complicada de arranjar casa?
[Entrevistada] – Em Pisa também foi difícil, foi a minha primeira experiência fora de Portugal, então eu não sabia muito bem onde haveria de procurar. Procurava no Google, até em italiano pesquisei. Depois encontrei o site housinganywhere e foi onde encontrei o quarto onde me viria a instalar.
[Entrevistador] – Obrigado Catarina. Deixaste bem claro como funcionaram e em que consistiram as tuas experiências internacionais, bem como todo o processo burocrático por detrás. Agora vou passar a fazer te questões mais relacionadas com o nível de vida do país, vivências sociais e pessoais que tiveste em Pisa e em Copenhaga. Gostava de começar por perguntar se te sentiste bem recebida em Pisa e na Copenhaga.
[Entrevistada] – Senti-me bem recebida nas duas cidades. No estágio curricular em Pisa houve uma colega minha que foi para o mesmo Instituto com outro orientador. Ela tinha chegado a Pisa antes de mim e quando eu cheguei, ela veio buscar-me ao aeroporto. Entretanto, começámos a conhecer pessoas de lá, até que conhecemos um casal de portugueses que já lá está há muito tempo e eles apresentaram-nos aos amigos deles italianos. Na Dinamarca, andava mais com os colegas que estavam a participar no programa, erámos 6: 2 italianos, 1 alemão, 1 norueguês, 1 chinês e eu. Tínhamos todos mais ou menos a mesma idade e senti-me bem acolhida por eles. Apoiávamo-nos muito uns aos outros.
[Entrevistador] – Awnnn isso é muito fixe! Próxima pergunta que gostava de te fazer era qual a tua proximidade com a língua nativa dos dois países, Itália e Dinamarca? Se estudaste italiano e dinamarquês antes da experiência? E se aprendeste italiano e dinamarquês durante as experiências?
[Entrevistada] – Não. Eu ainda tentei instalar o Duolingo para aprender algumas palavras em italiano e saber dizer “olá”, “obrigado”. Mas honestamente não me esforcei muito para aprender as línguas, porque eram dois países onde se falava bem inglês. Em Itália, as pessoas mais velhas tinham mais dificuldade em falar inglês, mas as pessoas da nossa idade falavam inglês e dava para perceber e para me fazer entender. Na Dinamarca, toda a gente domina o inglês. Foi muito positivo ter ido quer para Itália, quer para a Dinamarca até para praticar a conversação em inglês.
[Entrevistador] – Italiano é uma língua muito bonita e tem algumas proximidades à língua portuguesa.
[Entrevistada] – Sim se eles falarem devagarinho nós conseguimos percebê-los. Ao contrário, é que se torna mais difícil. Mas também é bom, dá para ir para Itália falar português e ninguém percebe o que estamos a dizer.
[Entrevistador] – Exato pode dar jeito. Na Dinamarca também conseguiste reter algumas palavrinhas básicas como “obrigado”, “olá”?
[Entrevistada] – Reter, nem por isso, mas ia ao Google tradutor ver como se dizia. Às vezes ouvia as pessoas repetir a mesma palavra muitas vezes e procurava o seu significado.
[Entrevistador] – Já foi abordado um pouco ao longo da entrevista o choque cultural que poderás ter sentido quer em Pisa, quer em Copenhaga. Sentiste um choque cultural nas duas cidades?
[Entrevistada] – Não senti. Por um lado, achei os italianos muito parecidos connosco. Também pode ter sido muito potenciado pela altura que eu fui a Itália, no Verão, eles passam imenso tempo na rua. Por exemplo, ao fim do dia, há muita gente jovem que sai a bares e praças para beber uma cerveja ou comer um gelado, o que é fantástico porque estimula muito o convívio.
[Entrevistador] – Em Copenhaga, além do grupo com que estavas, que era bastante multicultural, a cidade e o país em si sentiste algum choque cultural?
[Entrevistada] – Por acaso não. Confesso que fiquei surpreendida pela positiva de saber que havia muita multiculturalidade. Tanto que a casa onde eu fiquei era num bairro onde o meu vizinho da frente era indiano. Gostei de saber que a Dinamarca é um país muito seguro. Nunca tive nenhum problema. Às vezes saía à noite e voltava de autocarro sem receio de andar sozinha na rua à noite, correu tudo bem.
[Entrevistador] – Fantástico. Estamos sempre a falar do quão tudo correu bem e ainda bem, mas gostava de saber se há alguma situação que tenha corrido pior? Ou que se soubesses o que sabes hoje terias feito de maneira diferente? Que dificuldades sentiste?
[Entrevistada] – Em Itália, no início a minha maior dificuldade era saber se estava a corresponder às expetativas ou não. Talvez porque aquele estágio foi o meu primeiro contacto com um projeto que iria ter um resultado específico. Confesso que havia muitas vezes que ficava frustrada porque corria o código e aquilo não estava bem. Às vezes ficava 3 dias parada no mesmo problema. Isso custou. Mas fui conhecendo outras pessoas do instituto, falava com eles sobre determinado problema e pedia ajuda, ou ia pesquisar mais na internet, ou se não estivesse a ver mesmo solução perguntava ao meu orientador e ele ajudava. Em Copenhaga, tinha duas cadeiras e numa delas tínhamos de fazer um trabalho de grupo e uma avaliação oral, o que foi desafiante para mim. Estava bastante nervosa porque ia ser a primeira vez que ia ter uma avaliação oral num país que não é meu, numa língua que não é o português e numa cadeira que nunca tinha tido. Mas correu bem passei com boa nota.
[Entrevistador] – Ainda bem é o que importa.
[Entrevistada] – Em Copenhaga o sistema de notas não é de 1 a 20. Eles têm -3 se faltares, 0 é a negativa, 2 é uma nota baixa,4, 7 ,10 e depois o 12 que é a nota máxima. Nessa apresentação oral tive 12, fiquei muito contente.
[Entrevistador] – De forma geral, o decorrer quer do estágio quer do programa superaram as tuas expetativas ou corresponderam às tuas expetativas?
[Entrevistada] – Não criei nenhumas expetativas, claro que queria que corresse tudo bem, mas não tinha nenhuma ideia pré-concebida. Às vezes quando criamos expetativas sobre as coisas muitas vezes desiludimos nos, portanto fui de mente aberta e gostei. No geral, foram duas experiências bastante positivas que me abriram outras portas. Por exemplo, depois de ter feito estas duas experiências internacionais a minha Faculdade abriu uma vaga para um cargo de estudante embaixador das carreiras da União Europeia e contactaram-me.
[Entrevistador] – Vai Catarina!
[Entrevistada] – Enquanto embaixadora, sinto que desenvolvi várias competências (comunicação, gerir redes sociais, organizar eventos) e, mais uma vez, isto abriu-me mais portas para outros desafios. No seguimento disto, o ano passado fui a Bruxelas pela FCUL, juntamente com os outros embaixadores de todos os países da União Europeia, ter formações de como ser embaixador de carreiras na União Europeia. Adorei porque conheci muitas pessoas de diferentes países e culturas!
[Entrevistador] – Incrível! Penso que não é necessário questionar, mas aqui vai. Recomendas a todos os estudantes de engenharia biomédica candidatarem-se a experiências internacionais?
[Entrevistada] – Sim muito! Agora durante a pandemia acho normal nós como estudantes, e os nossos pais, estarmos um pouco apreensivos, mas nada nos impede de colaborar em projetos internacionais. Pode não substituir uma experiência presencial no estrangeiro, mas tendo em conta o enquadramento da pandemia é uma maneira de nos envolvermos com outras formas de trabalhar e de conhecer outras culturas. Experiências internacionais são muito valorizadas quer no mundo académico, quer no mundo profissional.
[Entrevistador] – Tens algum conselho que gostarias de dar a estudantes prestes a ingressar ou candidatar se a este tipo de experiências?
[Entrevistada] – Recomendo que não tenham medo de embarcar sozinhos numa destas experiências. Por exemplo, eu fui sozinha para Copenhaga e foi das melhoras coisas que fiz. Quando estamos sozinhos, acho que temos a mente mais aberta para conhecer pessoas e ir a outros sítios. Havia alturas em que acordava de manhã metia a mochila às costas, entrava no autocarro, saia num sítio qualquer que me apetecesse e explorava. Sozinhos vemos as coisas de outra perspetiva.
[Entrevistador] – Compreendi. A última pergunta que vou lançar é mais filosófica. Fico à espera de um discurso semelhante ao dos Óscares.
[Entrevistada] – Ui, vamos ver se eu estou à altura.
[Entrevistador] – O que é que estas duas experiências internacionais te ensinaram e te ajudaram como pessoa?
[Entrevistada] – Ajudaram-me muito a ter mais confiança em mim e nas minhas capacidades. Não só a nível académico e profissional, mas também a nível pessoal. No meu caso, sempre vivi com os meus pais e nunca tinha saído de casa por muito tempo ou viajado muito. Portanto, estas experiências fizeram-me crescer muito pessoalmente, ter mais confiança em mim, mais resiliência. Conseguir adaptar-me muito mais facilmente. Por exemplo, estava à espera de seguir um caminho A, mas o caminho B não era excluído. Se me pedires para responder em duas palavras, ensinaram-me e deram-me muita confiança e resiliência.
[Entrevistador] – Sentes-te capaz de te adaptares a qualquer desafio?
[Entrevistada] – Sinto-me mais preparada para abraçar outros desafios. Por exemplo depois do estágio e do programa eu, que à data era embaixadora da Speak & Lead, após ter sido convidada, senti-me com mais vontade de arriscar para ser formadora da Speak & Lead.
[Entrevistador] – Muito obrigado por teres aceitado o convite e a ANEEB deseja-te as maiores felicidades para este ano letivo.
[Entrevistada] – Muito obrigado! As melhores felicidades para a ANEEB e foi um prazer.
A ANEEB agradece por teres aceite esta entrevista e pela partilha da tua experiência fora de Portugal, esperando com isto ajudar outros estudantes que estejam prestes a tomar esta decisão. Votos de sucesso